Eu em seu lugar, não sondaria meus sonhos, não invadiria o sono, não andaria descalça pelas nuvens em meios-tons. Em seu lugar, me faria de tola, dormiria quieta como quem dá as mãos aos porvires, silenciaria medos e não perguntaria os porquês. É que em sendo você, teria medo das sombras, das lembranças e das cores, temeria até as esquinas, ondes, comos e quem encontrar. Durma quieto e não me faça perguntas para cujas respostas não estiver em perfeita forma. Porque do sono em diante tudo pra mim é mero deleite e pode ser que eu aceite o adeus sem abrir mão das minhas próprias promessas, das quimeras e das trevas reservadas para mim.