segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pode vir 2010!

AMOR. DINHEIRO. PAZ. SAÚDE. FRIOS NA BARRIGA. MUDANÇA.
RENOVAÇÃO. ESPERANÇA. SORRISOS. DEUS.
MENOS DOR, MAIS RECONHECIMENTO.
MENOS RECORDAÇÕES, MAIS REALIZAÇÕES.
MENOS TRISTEZA, MAIS ABRAÇOS.
MENOS RANCOR, MAIS PERDÃO.
MENOS FALTAS, MAIS REENCONTROS.
BELEZAS EXPLÍCITAS PELO CAMINHO!!!!!!!!!!!

2009, ADEUS!


Dear 2009,
Não poderia deixar-te partir para sempre sem antes escrever algumas palavras em tua homenagem. Chegaste em minha vida repleto de promessas e foi no curso de teus dias que conquistei alguns dos direitos e cumpri algumas das metas mais importantes da minha vida. Por isso quero que saibas que embora não vá sentir saudade ao me lembrar de ti furtivamente, saberei que aprendi a viver um tanto mais e que tuas mãos pesaram sobre mim algumas vezes e por isso mesmo já me sei quase por inteiro quando olho pra dentro. Em teu curso pesaram saudades, inaugurou-se a era da realidade, fez frio em mim, mas também permaneceram flores e cores nas telas que ornamentam meus dias. Não voltarás, bem o sei. Vá com Deus e abra as portas pra 2010 generosamente quando sair. Valeu!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!!


paz. saúde. humildade. ternura. respeito. fé. família. esperança. amor, amor, amor. igualdade. proteção. confiança. carinho. amizade. louvor. gratidão. paciência. luz. energia. vibração. sorrisos. abraços. beijocas. liberdade. realização.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009



Heath Ledger com muitos suspirantes e festejados uis!

A vida não alcança a esperança



Eis que surge o fio de esperança no horizonte. Enquanto tenho pés enlameados, enquanto minha alma pisoteada ainda chora. Um fio cortante de esperança que pode, sim, atravessar o exato ponto de desvio da estrada. O fio que pode tecer solitário, recomeço de história que havia chegado ao fim, costurando vidas, almas, amores rasgados. Misteriosa a forma que o Universo tem de convencer a gente. Sigo pagando pra ver, meio incrédula, é verdade, mas a vida nunca alcança mesmo a esperança. Acaba antes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Desabando



Não é tentativa de poesia. Estou me desdobrando pra saber como é que as coisas foram chegar até aqui. Porque toda a sua fúria desabou sobre meus ombros? Aqueles estilhaços de vidro quase conseguem reproduzir a imagem dentro de mim. E eu tola, tentando manter os pés no chão e a cabeça no futuro. Minhas pernas doem quando fico tensa demais, e hoje quase não consigo me levantar pela manhã. Até agora tenho esse arremedo de vontade de ressurgir nas palmas das mãos, mas olho pra elas de relance e não me dizem nada. Gostaria muito de ficar um tempo a sós, pra saber do que realmente foi feita a minha história. Quem sabe eu não encontro uns papéis jogados no canto de um cômodo que contenha o segredo da fragilidade? Pode ser. Meu pai me disse ontem que eu fiquei dura. Ele realmente não sabe como isso seria encantador, se fosse pelo menos parcialmente verdade. E disse como se fosse um elogio. Ele não tem como saber o quanto soa mal. Muitas providências a tomar, nenhuma coragem. Não tenho por onde começar.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Regra três


Tantas você fez que ela cansou porque você rapaz/abusou da regra três/ onde menos vale mais/da primeira vez ela chorou mais resolveu ficar/ é que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar/depois perdeu a esperança porque o perdão também cansa de perdoar.
Tem sempre um dia em que a casa cai/ pois vai curtir seu deserto vai/ mas deixa a lâmpada acesa se algum dia a tristeza quiser entrar/ e uma bebida por perto porque você pode estar certo que vai chorar.

Vina e Tom

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Crua



Tento despir a alma catando palavras. Sobrepondo estrelas encontro o fundo de verdade daquilo que sempre fui. Olhando nos olhos da escuridão é que me sinto iluminada, e é a sós que estou na mais pura companhia. Descobrindo as paredes de dentro desvendo o tamanho das rachaduras mas também o esforço da reconstrução. É isso que me incomoda - a impressão de que já fui mais de mim mesma antes de saber a exata altura das quedas, o improvável destino dos medos, a debilidade dos sentimentos recalcados, a inexatidão dos amores eternos, a estupidez das amizades inventadas. Em minha própria homenagem, se pudesse voltar, retornaria a ser a mesma menina pequena e frágil, choraria as mesmas lágrimas e amanheceria com olhos inchados, amaria os mesmos amores eternos, cultivaria as mesmas amizades de infância que durariam para sempre e não iriam mesmo passar do segundo ato, contemplaria os mesmos pôres-de-sol, amanheceria dona do mundo e anoiteceria a mulher mais feliz. Escreveria por horas a fio aquela história pra não ser lida, daria a cara os mesmos tapas, lutaria as mesmas lutas pra ganhar ou pra perder. Carregaria no peito o mesmo caminhão de sonhos e me vestiria de agoras, encantos e ternuras como se aquilo tudo fosse a minha mais sagrada missão. Eu me encantaria com os olhos dos outros e cantaria as canções mais melosas e fecharia os olhos pra me manter de pé. Eu seria de novo tudo que fui se tivesse que escolher entre chegar aqui ou pegar atalho. Essa é a minha estrada e esses fru-frus me fazem quem eu realmente sou, quer você queira quer não.

Sentindo


A alegria e a liberdade estão ligadas e se instalam nos lugares e nas coisas mais singelas e nos acontecimentos mais improváveis. Estão no surgimento de um sorriso incontido onde antes havia lágrima. Na descoberta da infinitude que cabe num abraço de amor. Nas confissões de fraqueza das pessoas queridas. No tom melodioso de algum domingo solitário com cheiro doce de bolo de laranja. Nos olhos do reencontro. No abraço imaginado que se torna palpável. Na lembrança da infância. Na surpresa que se esconde sob tropeços. Na sinceridade dos sonhos mais ocultos. É quando você para de se alegrar que se sente preso. E é justamente quando consegue vencer as marcas do claustro que consegue amar. Tenho medo de que a falta de alegria esteja me tirando a liberdade e que a prisão das minhas regras sirva apenas pra me manter completamente só.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Você pode fechar os olhos pra coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração pra coisas que você não quer sentir.

Curtas

Estive pensando em gente que passou pela minha vida furtivamente. Porque fim de ano seeeempre me remete às pessoas, àquilo que tenho feito por elas no curso dos anos, as marcas que deixo ou que trago comigo. Conclusão: tem gente boa que passou e que eu gostaria que tivesse permanecido. Em qualquer caso, não dá mais tempo.


Em 2009 descobri qual a lição de humanidade preciso aprender: superar as mágoas (descobri que guardo várias) e seguir adiante reconstruindo aquilo que fui de mais puro, que aceitava as coisas sem esse carimbo de que trago no peito agora, como se tudo fosse durar pra sempre. As coisas não duram pra sempre. As dores e as levezas passam. Eu já tive essa consciência mas perdi não sei por que cargas d'água. Acho que era o que havia de melhor em mim.


Amor. Putz... Difícil. Depende do que estamos sentindo sobre nos mesmos, né? Eu não sei que rumo vai tomar. Não mesmo. Mas também não desejo saber de antemão. Só sei que fica um pouco cinza sem amor. Pelo menos sem predisposição pra aceitar, tocar, perdoar. Eu ainda quero ou não estaria mais aqui.


E mais uma pra galeria da nostalgia: tenho sentido uma vontade danada de mandar postais, cartões de natal, lembrancinhas pra gente querida pelos correios. Só que com tudo de virtualidade que já se instalou na minha vida percebi que faz anos que o único endereço que registro das pessoas é o eletrônico. Então fica na vontade (mais uma coisa na lista interminável de milagres para fazer acontecer no ano que vem).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estou mergulhada em gripe e me consolando em Sidney Sheldon nos últimos dias. Voltamos a nos ver em breve.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

AIDS AINDA MA-TA!

Dia mundial de parar pra pensar e admitir que pode, sim, acontecer com você.
Usemos camisinha.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

By Marina W.

A quem interessar possa

Aqui em casa a gente não briga mais. Fazemos rave de D.R.

P.S.: Rave - festa de arromba regada a música eletrônica.

Bar pra comer











Esse bar é daqueles lugares que explicam por que vale a pena visitar São Paulo. Além de ser um misto de restaurante e pub, o lugar te oferece livros, um ambiente extremamente aconchegante (inspirado no Érico Veríssimo mesmo, que até assina a faixada), drinks com fama de impecáveis e uma cozinha que apelidada "confusion food", do respeitado Cheff Marcos Livi. Eu particularmente me apaixonei pela idéia deles, pelo lugar, por tudo. Lá servem nada menos que o prato campeoníssimo do concurso "Comida di buteco" SP/2009: ra-ba-da (eles dizem que é pirulito de rabada porque ela é cuidadosamente talhada pra parecer isso mesmo, servida solitária com um pequeno pedaço de osso) mergulhada numa polenta que parece super apetitosa acompanhada por (pasme) quiabo em picles e ovo de codorna preparado segundo os rigorosos ditames da cozinha espanhola (cozidinho por fora e molinho por dentro pra explodir na boca) acompanhado de creme e floquinhos de bacon. Tudo isso numa daquelas caixinhas de madeira que abrem na mesa toda paramentada (gostaria que tivesse fotos disponíveis pra eu propagandear). Mais charmosos ainda são os nomes dos pratos - todos eles inspirados em obras do Veríssimo. As comidinhas de bar, pra se ter idéia, são "Ed Mort e outras hitórias". Como o slogan deles: "definitivamente, um bar pra comer e não um restaurante pra beber"!

Eu me-re-ço assistir esse filme mas só houve uma pré estreia em São Paulo.
P.S.: Depois do acordo ortográfico, palavras como esta aí em cima ficaram horrendas, neám?

Daqui

Está vendo? Ultimamente não tenho escrito nada sobre mim. Busco noutras bocas as palavras que quereria dizer a mim mesma como consolo, como resposta. Sinto-me como que suspensa no espaço de sonhos que construí praticamente sozinha. Do oceano de expectativas que havia, resta-me pouco mais que um fio d'água estagnada, que não se mistura, não movimenta, não flui; apenas evapora com o calor das contradições e abandonos, dos desrespeitos e das desatenções, deixando-me sem oxigênio pra subsistir. O sal das lágrimas não tempera futuro. Nunca temperou. Mas são tudo que tenho assim que as perguntas que faço a mim mesma retornam irrespondidas e minha pele resta ressequida e as finas rendas com as quais eu costumava adornar sorrisos, jazem abandonadas num recipiente hermético no canto de um cômodo dessa enorme casa vazia que se tornou a distância entre nós dois. Não me lamento. Gostaria apenas de saber qual desses seres que me cercam é o verdadeiro você. Se, apesar dos pesares, ainda o quero comigo. Se sob as dores haveria ainda a razão primeira de termos chegado até aqui. Nunca temi a possibilidade de me lançar no oceano mas hoje temo que, mergulhada a sós nesta porção ínfima de água, só me reste esperar o fim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009





"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos."
Clarisse Lispector
*1920 + 1977

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cortar o tempo

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente!"

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

É mais chique postar a foto sem dizer nada.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Irretocável

Sobre a confusão desrespeitosa na UNIBAN - Contardo Calligaris


"As turbas têm um ponto em comum: detestam a idéia de que as mulheres tenham desejo próprio.
...700 aulos da UNIBAN saíram das salas de aula e se aglomeraram numa turba: xingaram, tocaram, fotografaram e filmaram a moça. Com seus celulares ligados na mão, como tochas levantadas, eles pareciam uma ralé do século 16 querendo tocar fogo numa perigosa bruxa. ... é o ódio do feminino - não das mulheres como gênero, mas do feminino, ou seja, da idéia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo próprio. Estupro, pra essas turbas é o grande remédio: punitivo e corretivo. "

Cautela

Quando o assunto é sério, todo silêncio é pouco. E digo isso porque o mundo gira, a vida espreita suas ocultas intenções do alto da sabedoria de quem nada deve. Ele segue registrando e você segue tentando, com as armas que tem, não dar tanta cabeçada. Mas erra de novo quando emite a palavra ferina, ou acredita na frase de amor inventada no momento de distração. E depois que a palavra sai, ela gruda em você e no emaranhado de ocorrências que ela desencadeia. Dizer do sentimento é privilégio de quem tem bala na agulha o suficiente pra saber o que quer, quando quer, como quer. E quem não sente mas acha ou finge que sente, na verdade não tem muita noção de que vai sair por aí atirando em gente inocente, criando cenas para o próprio deleite (ou tem sim, mas não se importa em tentar). O que você diz tem uma carga enorme e chega de maneira sutilmente diversa pra quem ouve conforme o momento por que passa o ouvinte. Assim, 'eu amo você' pode significar o cumprimento de uma obrigação protocolar e um 'tudo bem? como vai?' pode ter ares de 'amor para sempre'. Cuidado com o que diz porque ainda não inventaram borracha que apague palavra.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Conflituosamente

Manuela Pinheiro

Deram-se o enésimo abraço entre risos contidos, pensamentos contritos, corpos resetados. Já não tinham nas mãos a mesma sensação confortável de não ter que escolher. Ele já não tinha mais a certeza de que viveu o possível, p.t. saudações, agora acabou. Ela por sua vez, despachara a zona de guerra entre seus pensamentos e suas ações para inaugurar-se inteira naqueles braços de abraços e carícias e nenhuma cobrança, dúvida ou contenção. A palidez das tardes de domingo, o gosto morno dos dias sem paixão, sem desejos, sem pecados ocultos, sem segredos inconfessáveis por sobre faces enrubescidas haviam terminado para ambos. Ainda assim comungavam a culpa de viver o amor reconditamente e a dor de não se dar as mãos, não se olhar nos olhos, não se abraçar diante dos passantes. A euforia já dava lugar à dúvida e não sabiam se, um pro outro, valiam bênção ou pesavam maldição. Têm hoje em si, todas as reticências do universo guardadas no silêncio dos olhos, na calidez dos abraços, nas lembranças, nas palmas das mãos.

Sempre Chico

Contigo aprendi a perder e achar graça/pagar e não dar importância/contigo a trapaça por trás da trapaça/é pura elegância/se deres por falta do teu riso esperto/dos teus sortilégios/entende e perdoa/eu ando nas ruas com o sol descolado da tua pessoa.

Trapaças
ui!

Apagão

é phoda!!!!
sacada bacana extraída do meme yahoo!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ôps!

Imagem de autoria ignorada

Surgiram um para o outro como uma explosão de energia: indesprezavelmente. E como nascem supernovas, o fitar dos olhos e o toque suave de seus corpos reproduziam a energia de mil sóis. Os beijos reais e imaginados desmembravam e reorganizavam prótons, íons, nêutrons, produzindo um confuso frenesi regado a todos os elementos da tabela periódica. Sabiam-se antes em si mesmos e depois da fusão já não se reconheciam na instabilidade do desejo incontido e temiam por isso sós, que toda aquela fúria contivesse o brilho e a radiação das inevitabilidades e então chegasse momento de apagar as cores, reequilibrar as forças, reorganizar as vidas. Como desaparecem estrelas explosivas. Como padecem supernovas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Clarice Lispector

...que minha solidão me sirva de companhia
que eu tenha coragem de me enfrentar
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.

Embora pra mim quase todas sejam iguais

do sempre festejado meme yahoo!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Momento mulherzinha

Lancôme Paris - Virtuôse
(jura que curva os seus lindos cílios a 100º durante todo o dia)
Agora me diz se você pode mesmo viver sem isso!
Da série precisamos muito ponto com ponto beérre.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Deleite

Estava aqui buscando livros pra minha cesta de coisas a adquirir no fim de ano (porque eu também sou de carne e osso) e me deparei com cousas maravilhosas, então, no baú:
- A gota de sangue - hsitória do pensamento racial - Demetrio Magnoli
- Não tenho culpa da vida ser como ela é - Nelson Rodrigues
- Ulisses - James Joyce
- Guerra e paz - Leon Tolstoi
- Madame Bovary - Gustave Flaubert (não, eu ainda não li)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Into the wild

Você tem medo de quê???
Se teme ficar só com seus pensamentos, ou se a vida te parece um simples jogo de conveniências em que se deve mais e sempre agradar que ser feliz, o que é mesmo que te faz crer que merece companhia de outras pessoas? Por que vale a pena morrer? Para que tornar-se-ia necessário viver? Não é apenas mais um filme. É a vida real com todas as portas escancaradas para aquilo de mais recôndito de dentro. Ele renunciou a tudo aquilo que a sociedade silenciosa e hipócrita impunha (our crazy agreement) pra buscar aquilo que muitos de nós nem ousa crer que subsiste: a essência de si próprio. Putz. Da série - coisas para passar a vida pensando...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

acontece

Daqui ó: http://icanread.tumblr.com/page/2

Porque descobriu que a espera vicia foi que se permitiu pousar naqueles braços. Ela queria muito mais que a paisagem em seu caminho, e foi assim que admitiu ter visto brilho em seus olhos e consentiu no encontro dos desejos mais recônditos entre mundos tão díspares. Mas não foi o consentimento ou a coragem ou o risco, tampouco a essência adocicada que exalava de seus corpos que a fez pairar feito tonta sobre suas novas possibilidades: foi a surpresa de se ver entregue como apenas ouvira dizer. Seu mundo antes previsível e adequado transformara-se aos poucos num ambiente em furta-cor cujo desfecho arrebatador pode levá-la ao extremo oposto do caminho. E pode ser efêmero, ela bem o sabe. Ainda assim se ri dos passantes, dá de ombros aos julgamentos, zomba dos próprios limites. No fim ela precisa apenas se reinventar.

sábado, 24 de outubro de 2009

tem mas acabou

- água ou adoçante?
-...
-????
- vidro moído, tem?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Andar com fé eu vou

Yahoo! Meme

Fim de semana de observar as estrelas ... de dentro.
porque - sempre não é todo dia.

Não precisava

Maravilhosa arte de Leonid Afremov
Não precisavas falar tão alto. Bastava dizeres e eu entenderia. Não precisavas proferir a primeira palavra com a conclusão na cabeça. Eu exporia meus pontos de vista, ouviria os teus e daria tudo certo. Não havia a menor necessidade de verteres um possível bom momento num desastre completo. Era só deixar anoitecer e eu aguardaria teus braços circundando meu espaço sem palavras. Não precisavas acreditar tanto na miséria humana da incompreensão, nem penhorar seus olhos, seus sonhos ou seu coração na certeza vã do que viria depois. Era só crer - uma vez - na minha saudade, no meu amor, na minha espera que não enchergas, mas que jaz no meu peito feito pluma, feito bruma, feito neve derretendo. Não precisavas brigar. Era só te entregares em confiança. Não o fizeste e agora estou aqui. Duro silêncio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que dizer do amor?

Mas que será o amor senão essa sucessão de sons e cheiros, esse tilintar de estrelas nos olhos, vertigens e calafrios, esse querer desmesurado, esse conflito por ficar ou partir? Onde estará o amor senão nas palmas das mãos daquele que bem-te-quer, nos lábios que realizam sonhos, na distância de mil dias que materializam saudades, na simplicidade do dia a dia, nas descobertas silenciosas? O que esperar do amor senão que te faça sorrir, que te permita conhecer a si mesmo e ainda assim se perder nos braços de outro alguém? O que querer dele senão que esteja, permaneça, retorne sempre mais arrebatador pra te provar que existe alegria, que qualquer relis mortal pode sim, ter um jardim nos olhos, orquídeas nos braços, sussurros na alma ao meio dia? O amor pode ser construído como se faz em poemas, nas cenas dos filmes, nos romances inventados? Ou ele nasce com um quê de mistério, nos olhos de um ilustre desconhecido cuja presença e permanência não se pode ignorar? Como lidar com a dúvida permeando os dias inglórios em que não se sabe do amor? O que será? Onde encontrar? Como plantar? Como (es)colher? O que pensar? O que dizer do amor???

sábado, 10 de outubro de 2009


Sem título, sem imagens, com razão.

Cercada de todos os lados - insuportavelmente só. Espontânea pra qualquer padrão - estrondosamente silenciosa. Resolvida, absoluta, objetiva - pequena, insegura, carente. Você anda à flor da pele e nem sequer tem percebido o preço da sua busca incessante pela alegria (ou o foco dela). É como se todos os pedaços de chão abaixo dos seus pés se perdessem e suas crenças antes tão inquestionáveis e aquela coragem fumegante e seus argumentos bem fundamentados e seu conhecimento pragmático tivessem cedido lugar a esse ser relutante, hostil, detestável. Percebe afinal que, na verdade, as pessoas não desejam que você mostre verdadeiramente o que deseja, o que procura, o que quer. Ninguém suporta o escandaloso escarlate do corpo descoberto de pele, da carne à mostra, do egoísmo necessário ao autoconhecimento. Tudo pede de você a delicadeza dos que passam desapercebidos, dos que silenciam diante dos gritos, dos que se contentam com o que foi dado. E você tem tentado não incomodar com soluços, mas decididamente tentará mais um tanto: mostrar-se menos, querer menos, escavar menos pra encontrar menos perguntas, e então menos se aborrecer, aceitando, finalmente, tudo aquilo que lhe ocorre como tendo sido merecido, justo, obrigada. Estará lamentavelmente matando a máxima abstração de si mesma, a máxima descoberta, a deliciosa sensação de ter tentado até o fim. Por absurdo que pareça - há placas de "proibido querer" nascendo de sol a sol.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nossa hora e nossa vez!

Rio - Sede dos Jogos Olímpicos de 2016!
Muitos vivas!!!!!!!!!!!

O amor acaba

Populares - yahoo meme!


O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois de uma noite voltada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; (...) ; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; pra recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

(Paulo Mendes Campos. In: crônicas líricas e existenciais. 2ª edição, RJ: Civilização Brasileira, 2000, p. 21-22).

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Imagem do MEME yahoo!

Eu a amo do único amor de verdade, e hoje te sei por inteiro -uma flor no deserto de tantas e tamanhas tempestades de areia! Algumas das minhas maiores dádivas são seus olhos doces - embora diretos; sua espiritualidade - inarredável; seus ensinamentos; seus exemplos claros; sua atitudes seguras - embora nem sempre fáceis; suas palavras constantes -embora nem sempre dóceis; a magnitude de sua presença física, mental, espiritual. Por isso é que estou contigo hoje mais que nos outros dias. Sua dor é minha dor, sua espera, a minha ansiedade. Quereria estar eu mesma no seu lugar, e te livrar de todos os frutos das indiferenças plantadas antes, muito antes daqui. E restaurar suas cores vivas, seus ocres, lilases, púrpuras e escarlates. Restaurar os tons da sua inocência, capturar oss tons e matizes da limpidez que te residia a alma. Hoje sendo mãe, sou mais filha, mais intensa, um tanto mais prudente e maior. Mas meu desejo é saber de mim como sei de você: completa, inteira, absoluta, indescritivelmente forte e invejavelmente segura de si. Deus esteja contigo. Agora. Depois. Antes. Sempre. Eu estarei logo.