segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Pode vir 2010!
2009, ADEUS!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Feliz Natal!!!!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
A vida não alcança a esperança
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Desabando
domingo, 13 de dezembro de 2009
Regra três
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Crua
Sentindo
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Curtas
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A quem interessar possa
Bar pra comer
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Cortar o tempo
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente!"
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Irretocável
Cautela
Quando o assunto é sério, todo silêncio é pouco. E digo isso porque o mundo gira, a vida espreita suas ocultas intenções do alto da sabedoria de quem nada deve. Ele segue registrando e você segue tentando, com as armas que tem, não dar tanta cabeçada. Mas erra de novo quando emite a palavra ferina, ou acredita na frase de amor inventada no momento de distração. E depois que a palavra sai, ela gruda em você e no emaranhado de ocorrências que ela desencadeia. Dizer do sentimento é privilégio de quem tem bala na agulha o suficiente pra saber o que quer, quando quer, como quer. E quem não sente mas acha ou finge que sente, na verdade não tem muita noção de que vai sair por aí atirando em gente inocente, criando cenas para o próprio deleite (ou tem sim, mas não se importa em tentar). O que você diz tem uma carga enorme e chega de maneira sutilmente diversa pra quem ouve conforme o momento por que passa o ouvinte. Assim, 'eu amo você' pode significar o cumprimento de uma obrigação protocolar e um 'tudo bem? como vai?' pode ter ares de 'amor para sempre'. Cuidado com o que diz porque ainda não inventaram borracha que apague palavra.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Conflituosamente
Sempre Chico
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Imagem de autoria ignorada
Surgiram um para o outro como uma explosão de energia: indesprezavelmente. E como nascem supernovas, o fitar dos olhos e o toque suave de seus corpos reproduziam a energia de mil sóis. Os beijos reais e imaginados desmembravam e reorganizavam prótons, íons, nêutrons, produzindo um confuso frenesi regado a todos os elementos da tabela periódica. Sabiam-se antes em si mesmos e depois da fusão já não se reconheciam na instabilidade do desejo incontido e temiam por isso sós, que toda aquela fúria contivesse o brilho e a radiação das inevitabilidades e então chegasse momento de apagar as cores, reequilibrar as forças, reorganizar as vidas. Como desaparecem estrelas explosivas. Como padecem supernovas.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Clarice Lispector
que eu tenha coragem de me enfrentar
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Momento mulherzinha
Agora me diz se você pode mesmo viver sem isso!
Da série precisamos muito ponto com ponto beérre.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Deleite
- Não tenho culpa da vida ser como ela é - Nelson Rodrigues
- Ulisses - James Joyce
- Guerra e paz - Leon Tolstoi
- Madame Bovary - Gustave Flaubert (não, eu ainda não li)
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Into the wild
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
acontece
sábado, 24 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Não precisava
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O que dizer do amor?
Mas que será o amor senão essa sucessão de sons e cheiros, esse tilintar de estrelas nos olhos, vertigens e calafrios, esse querer desmesurado, esse conflito por ficar ou partir? Onde estará o amor senão nas palmas das mãos daquele que bem-te-quer, nos lábios que realizam sonhos, na distância de mil dias que materializam saudades, na simplicidade do dia a dia, nas descobertas silenciosas? O que esperar do amor senão que te faça sorrir, que te permita conhecer a si mesmo e ainda assim se perder nos braços de outro alguém? O que querer dele senão que esteja, permaneça, retorne sempre mais arrebatador pra te provar que existe alegria, que qualquer relis mortal pode sim, ter um jardim nos olhos, orquídeas nos braços, sussurros na alma ao meio dia? O amor pode ser construído como se faz em poemas, nas cenas dos filmes, nos romances inventados? Ou ele nasce com um quê de mistério, nos olhos de um ilustre desconhecido cuja presença e permanência não se pode ignorar? Como lidar com a dúvida permeando os dias inglórios em que não se sabe do amor? O que será? Onde encontrar? Como plantar? Como (es)colher? O que pensar? O que dizer do amor???
sábado, 10 de outubro de 2009
Sem título, sem imagens, com razão.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O amor acaba
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois de uma noite voltada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; (...) ; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; pra recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
(Paulo Mendes Campos. In: crônicas líricas e existenciais. 2ª edição, RJ: Civilização Brasileira, 2000, p. 21-22).