terça-feira, 7 de junho de 2011

Só ele mermo. Reflitamos, amigos.

"Este é tempo de partido,
tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.

Vistos os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimo, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.

Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!

Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir."
(Carlos Drummond de Andrade, Nosso Tempo, I)

Back to the...


Ah, vai, me dá uma chance... Nem faz tanto tempo assim.
Voo livre de volta, mergulhando na ausência de caos que o silêncio (e só ele) sabe proporcionar, tenho a dizer que, de fato, só as boas meninas fazem diários. As más não têm tempo.
Saudade de tudo isso.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Insone

Autor desconhecido (pra mim. se você souber é só avisar)

Tenho estado insone e quando passo noites em claro fico pensando coisas sem nexo, sem vírgula, livres de sujeito, predicado, objeto indireto, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, agente da passiva - aos meus olhos, no escuro, são coisas lindas... Vejo as palavras escritas no espaço... no ar. Até que o computador acenda a luz de pronto, acabou! Vai como fumaça. Mas estou aqui, nos sinais de fumaça tentando abstrair a claridade e a chuva.

sábado, 12 de março de 2011

cadê?


Sim, eu me importo. É está muito difícil sentir a pele vaga ultimamente. A apatia é quase sólida e não me encontro em nenhum dos lugares prováveis. Inspiração? Tem mais acabou. Vontade de fugir, transpor a barreira entre mim e o nada que me cerca e destruir as imagens mentais que me mantém presa abaixo das expectativas. Não me atrevo nem a querer, sacumé? Tô doida pra achar um motivozinho pra sorrir que seja, e sei que é o extremo da ingratidão, considerando que tenho tudo (tudo????!!!). Melhor o silêncio que a reflexão carregada de mais perguntas impossíveis de responder. Assim sendo, aguardemos o refluxo da maré.

Natureza em dores de parto

Se a imagem tiver direitos autorais, favor avisar.

terça-feira, 8 de março de 2011

by the way

O amor não faz você enfrentar caminhos longos e tortuosos.
O nome disso é trio elétrico.
O amor é outra coisa.
fonte:@naoehamor, no twitter

Mulher


Por que tanto anseias se já és, em ti mesma, a essência da perfeição?
Por que tantas perguntas, tantos ecos, tantos ais?
Aprendas a viver encarando a ti mesma, tuas forças e fraquezas
E faças do sonho distante a maneira errante de ser feliz!