Mas que será o amor senão essa sucessão de sons e cheiros, esse tilintar de estrelas nos olhos, vertigens e calafrios, esse querer desmesurado, esse conflito por ficar ou partir? Onde estará o amor senão nas palmas das mãos daquele que bem-te-quer, nos lábios que realizam sonhos, na distância de mil dias que materializam saudades, na simplicidade do dia a dia, nas descobertas silenciosas? O que esperar do amor senão que te faça sorrir, que te permita conhecer a si mesmo e ainda assim se perder nos braços de outro alguém? O que querer dele senão que esteja, permaneça, retorne sempre mais arrebatador pra te provar que existe alegria, que qualquer relis mortal pode sim, ter um jardim nos olhos, orquídeas nos braços, sussurros na alma ao meio dia? O amor pode ser construído como se faz em poemas, nas cenas dos filmes, nos romances inventados? Ou ele nasce com um quê de mistério, nos olhos de um ilustre desconhecido cuja presença e permanência não se pode ignorar? Como lidar com a dúvida permeando os dias inglórios em que não se sabe do amor? O que será? Onde encontrar? Como plantar? Como (es)colher? O que pensar? O que dizer do amor???
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