Quando me apaixono, tenho esse fogo queimando o peito que não me deixa dormir! E quero viver mais, porque já me conheço o suficiente pra saber de mim. Sei que haverá mais momentos em que minha alma estará quieta e clara, e quero adiar... de modo que espalho sons por todos os lados, canto alto, rio à toa, uso boca escarlate, unhas pastel, olhos pretos, alma carmim. Preencho todos os espaços desse euforia evitando a literatura, que me vem farta com a dor do depois. Não é um amor. Pelo menos não apenas. É a surpresa de saber-me viva e pronta, o prazer da redescoberta de uma de mim que jazia silente e triste, num canto qualquer da alma. O que me entorpece e toma os sentidos é simplesmente o poder sentir. E que viva a ilusão da eternidade em abraços e beijos secretos, mensagens noturnas, olhares fugidios, carícias escondidas... que viva enquanto durar. Que viva o suficiente pra que haja lembranças fartas quando se instalar o tempo do silêncio e dos relicários de memória.
Um comentário:
Aiiiii e é muito bom sentir esse fogo, esse ardor do amor. Isso mesmo, seja intensa com o amor. Lindo texto. Beijos.
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