A alegria e a liberdade estão ligadas e se instalam nos lugares e nas coisas mais singelas e nos acontecimentos mais improváveis. Estão no surgimento de um sorriso incontido onde antes havia lágrima. Na descoberta da infinitude que cabe num abraço de amor. Nas confissões de fraqueza das pessoas queridas. No tom melodioso de algum domingo solitário com cheiro doce de bolo de laranja. Nos olhos do reencontro. No abraço imaginado que se torna palpável. Na lembrança da infância. Na surpresa que se esconde sob tropeços. Na sinceridade dos sonhos mais ocultos. É quando você para de se alegrar que se sente preso. E é justamente quando consegue vencer as marcas do claustro que consegue amar. Tenho medo de que a falta de alegria esteja me tirando a liberdade e que a prisão das minhas regras sirva apenas pra me manter completamente só.
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