terça-feira, 25 de maio de 2010

Ah, tá.


"Amar é como ter um pássaro pousado na mão.
Quem tem um pássaro na mão sabe que ele pode voar a qualquer momento."

Rubem Alves

Olha, eu quis te acalentar várias e várias vezes. Quis te pegar no colo como criança e descobrir teus medos e teus anseios, teus traumas, tuas reverberações. Eu quis profundamente entrar no teu mundo e sentar numa cadeira num canto lá de dentro pra te ajudar a organizar tua interminável lista de coisas a fazer com o que viveu. Tentei fervorosamente, mas o amor que não retorna seca, atrofia, morre. O meu aparentemente era utópico demais pra dar certo. Se alguém me dissesse um tempo atrás que passaria, eu diria entre lágrimas : ah, tá. Hoje sei que até o que sangra cura, até o que fere eleva, até o que frustra ensina, mesmo as dores mais agudas se vão. O que fica no lugar? Bem, isso envolve um buraco bem grande, tempo, doses de boa vontade, amizades, porres homéricos (como morfina) e um tanto de fé. Uma história pra outras estações.

3 comentários:

Guará Matos disse...

E tudo serve como uma grande experiência.
E como!
Bjs.

Mari disse...

Belle querida...
O tempo tudo pode, tudo cura...
Um beijo grande

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

conviver em dois, desjos em dois nada mais complicado, mas talvez o complicado seja assim mesmo o tempero que dá emoção a convivência...
ainda não vi "Into the Wild", vou procuroar
mande seu endereço para mim ediney-santana@bol.com.br
que um dia eu te mando um livro