“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
- Sim.”
(Clarisse Lispector)
Essa sensação que não consigo definir está despindo meu desejo às avessas, desfazendo os entendimentos sem citar as fontes pra me desmascarar: exigente, imperdoável, implacável na arte de querer mais e melhor. Como se tivesse a pretensão de ser perfeita. Como se os vãos na alma não me fizessem chorar, como se minhas próprias máscaras não estivessem realmente gastas, como se minhas sutilezas fossem menos vis que as demais. Descubro-me num beco sem saída. Já não sei dizer se sou franca ou cruel. Não sei se minhas palavras elevam os destroem. Nem se minhas pretensões conscientes são realmente demonstradas quando a verbalização é o meio que encontro pra dizer a que vim. Aquilo que eu desejo é justamente o que se desprende de mim sempre que me abro. E não sei responder, se me perguntarem, porque a franqueza me apetece a ponto de não ter limites pra ferir. O pior é que talvez isso seja somente egoísmo. Porque afinal, não posso ferir ninguém sem me sangrar. Talvez seja isso: ou salvo você ou me perco de mim.
5 comentários:
Belle querida...
Uauuu que intenso isto!
Deve doer se sentir assim, deve latejar o corpo e a alma...
Acredito que seja reflexo de uma mudança grande ocorrendo por ai, quem sabe...para encontrar um pouco de paz!
Um beijo querida
Mari amore. Você sempre sensível e aberta... é, uma metamorfose... Bjoca, obrigada pela visita!
Tanto tempo sem vir aqui, que quando a gente vem tem que estar preparado para um festival de sentidos... Perder-se em palavras que levam à pensamentos intensos. Viver as letras! Que delícia!
Oi Belle,
menina, que texto bonito, poético e verdadeiro.
Um abração, hein!
Bibi, estou maravilhada com suas palavras transcendentes! Você é uma estrela meu anjo, intensíssima... quem me dera. Beijoca.
Isaac, meu querido, que bom tê-lo aqui.. é, estou começando a tentar encarar minhas verdades. Dizem que quando muita coisa começa a acontecer do mesmo jeito a responsabilidade pode estar em nós mesmos, não nos outros... minha inteira verdade. Bjo.
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