quinta-feira, 11 de março de 2010

Venha!


Venha. Assim que chegares verás que há flores nas janelas, brilho nos olhos de ânsia, cabelos emaranhados em carência e afeto, o perfume da expectativa e o ar repleto de porvir. Venha, mas traga tudo contigo: tuas rimas, tuas falas, teus tons e teus silêncios num embrulho de surpresas decorado com laço escarlate e púrpura e com cheiro de amor e beijos, carinhos e luz, salpicada com o brilho do teu olhar. Venha agora e derrame sobre mim teus lilases, margaridas e violetas, teus abraços em furtacor, teu preto e branco pra eu poder colorir. Mas acaso tenhas dúvidas espere um tanto mais porque só te quero se inteiro e só preciso tudo e só tenho pra te ofertar o que há de secreto em mim. Venha. Mas não demore que o dia é finito e mais dia menos dia terás mesmo que partir.

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