segunda-feira, 29 de março de 2010

Mentira



Já não existes pra mim. A ternura dos dos renitentes descabe no meu mundo e lancei à distância a idiossincrática melodia da tua voz. O que podes lembrar, se quiseres, é que houve tempo de pertencer e caber, e houve pérola entre mãos molhadas quando os nãos e enquantos moravam além do território preciso do nosso estranho amor. Ficará, no entanto, a marca indelével das canções que inventamos pra cabermos um no outro. Persistirão as tentativas, os reencontros, as descobertas. Pesarão os rumores de eternidade, as promessas de futuro, a vida que não geramos, a casa não não vimos erguida, aquele jardim de encantos e o nosso quase sexto aniversário. Haverá vez ou outra o insistente pesar e pesarás maldição mas ... sobre todas as coisas, já não existes pra mim.

3 comentários:

Guará Matos disse...

Que pese, então.
Abraços.

Wanderley Elian Lima disse...

Mas ficarão as lembranças, que são inevitáveis, quando algo foi marcante em nossa vida.
Um abraço

Alma Acreana disse...

Oi Belle,
tudo passa, só o que foi vivido com amor, mesmo morto, perdura.

Deixo um grande abraço a ti.
Até mais!
Bjs!